IRÁ DEUS PUNIR AS PESSOAS PARA SEMPRE NO INFERNO? – Inferno – Porque acreditar nele?
Testemunhas de Jeová, Mórmons e outros grupos religiosos rejeitam a ideia de que um “inferno” literal exista, no qual todos os que rejeitam Jesus Cristo serão atormentados com fogo pela eternidade. Eles questionam como um “Deus amoroso” pode enviar pessoas para tal lugar sem qualquer esperança de terminar seu tormento. Em resposta, nós precisamos examinar o que a Bíblia ensina respeitante ao “inferno”, ao amor de Deus, à justiça e à pecaminosidade do homem.
1. Como a Bíblia descreve o Inferno?
Há 2 palavras gregas na Bíblia que são frequentemente traduzidas por “inferno.” Uma palavra é “hades” e a outra palavra é “geena.” Na Septuaginta Grega (tradução grega do Antigo Testamento), a palavra “hades” é o grego equivalente para a palavra grega “sheol.” Thayer’s Greek-English Lexicon of the New Testament explica que o termo “hades” com frequência se refere ao “reino dos mortos” e em alguns casos “denota…as regiões infernais, um escuro…e sombrio lugar…nas próprias profundezas da terra…o receptáculo comum dos espíritos desencarnados….” —Thayer’s Greek-English Lexicon of the New Testament, por Joseph H. Thayer, 2002ed Hendrickson Publishers, pág. 11 (edição em inglês)
Enquanto que a palavra “hades” é usada para referir-se à “sepultura” da humanidade ou “reino dos mortos,” a palavra grega “geena” é usualmente usada em conexão com a ideia de fogo eterno. Concernente a esta palavra, o Vine’s Complete Expository of Old and New Testament Words explica:
“Geena representa o Hebraico Ge-Hinnom (o vale de Tofete) e é correspondente da palavra aramaica… A passagem de Mat. 18, e a de Marcos 9:43-47, é paralela; aqui à palavra ‘inferno’ são aplicadas as descrições do ‘fogo que nunca se apaga’ e “onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.’“ —Vine’s Complete Expository of Old and New Testament Words (Dicionário Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento), W.E. Vine, Merrill F. Unger, William White, Jr., 1985 Thomas Nelson Publishers, pág. 300 (em inglês)
“Tofete: Certa vez parte do jardim do rei em Hinom; veio a tornar-se um lugar onde pessoas em Jerusalém sacrificavam seus filhos (Isa. 30:33; Jer. 19:6, 11-14; 2 Reis 23:10).” —Nelson’s Quick Reference: Bible People & Places (Rápida Referência de Nelson: Pessoas da Bíblia & Lugares, 1993 Thomas Nelson Publishers, pág. 349 (em inglês)
Thayer explica:
“Geena, o nome do vale ao S. e E. de Jerusalém…que foi chamado por causa dos gritos das criancinhas que eram atiradas aos braços em chamas de Moloque….Os Judeus abominaram esse lugar após estes horríveis sacrifícios terem sido abolidos pelo rei Josias….que eles lançaram nele, não apenas toda a espécie de lixo, mas até mesmo cadáveres de animais mortos e de criminosos não sepultados que haviam sido executados. E visto que fogos eram sempre necessários para consumir os cadáveres, de forma a que o ar não ficasse infetado pela putrefação, aquele lugar veio a ser chamado de gehenna tou puros [geena de fogo]….e então este nome foi transferido para aquele lugar no Hades onde os ímpios, após a morte, sofrerão a punição.” —Thayer’s Greek-English Lexicon of the New Testament ( Léxico Grego-Inglês de Thayer do Novo Testamento), pág. 111 (em inglês)
Mantenha em mente as definições acima e tome nota de como o inferno é descrito nos seguintes textos:
MATEUS 10:28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno [gehenna] tanto a alma como o corpo.”1.
LUCAS 12:5: “Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno [geena]. Sim, digo-vos, a esse deveis temer.”
* Se o “inferno” é simplesmente a sepultura comum da humanidade, porque Jesus exortou-nos a “temer” este mais que a morte?
MATEUS 25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.”2.
DANIEL 12:2: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.”
* Existem apenas duas opções para a eternidade — i.e., “vida eterna” ou “castigo eterno.” Hebreus 9:27 declara: “…E, assim como está reservado aos homens morrer uma vez para sempre, mas depois disso um julgamento.” Ninguém terá uma segunda oportunidade após a morte. Em qualquer estado que estiver, irá durar para sempre.
MATEUS 3:12: “A sua pá, ele a tem na mão…recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.”
MATEUS 8:11-12, 28-29: “‘Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. …Tendo ele chegado à outra margem…vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados… E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?’”
* Aqui temos uma declaração interessante feita pelos demónios, mencionando o “tormento” a ocorrer num “tempo” futuro. Este “tormento” é alusivo ao “fogo eterno” do inferno que foi “preparado para o diabo e seus anjos.” (Veja Mateus 25:41) Embora esta punição tenha sido originalmente criada para Satanás e seus seguidores, Jesus avisou que “chorar e ranger os dentes” em “fogo inextinguível” também espera aqueles que o rejeitaram.
MATEUS 13:41-42, 49-50: “Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.”
MATEUS 18:8: “…melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.”
MATEUS 22:13: “Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.”
MARCOS 9:43, 47-49: “…pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno [geena], para o fogo inextinguível… E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno [geena], onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. Porque cada um será salgado com fogo.”
ISAÍAS 66:24: “Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne.”
LUCAS 3:17: “A sua pá, ele a tem na mão, para limpar completamente a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; porém queimará a palha em fogo inextinguível.”
LUCAS 13:28: “Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas vós, lançados fora.”
LUCAS 16:22-29: “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.’”
2 TESSALONICENSES 1:9: “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder.”
HEBREUS 10:26-27, 29, 31: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários…. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno… E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”
REVELAÇÃO 14:9-11: “Seguiu-se a estes outro anjo… dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem… e será atormentado com fogo e enxofre… A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite….”
REVELAÇÃO 19:20: “Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela… Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre.”
REVELAÇÃO 20:10: “O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.”
REVELAÇÃO 20:13-15: “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além [hades] entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno [hades] foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”
REVELAÇÃO 21:8: “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.”
2. Como sabemos nós, que estas descrições do Inferno não são simbólicas?
Jesus descreveu o “tormento” da “geena” com ilustrações fortes e linguagem acutilante. É evidente que ele não encarava tal lugar como uma mera expressão de simbolismo. Note a seguinte passagem:
“…é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno [geena], para o fogo inextinguível… é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno [geena], onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. Porque cada um será salgado com fogo.” —Marcos 9:43, 47-49
Do mesmo modo, assim como Jesus usou linguagem forte para descrever o terror absoluto do inferno, Jesus usou experiências da vida real nas Suas parábolas para ilustrar verdades espirituais de modo que fossem entendidas pela sua assistência. Foi o caso da Sua parábola do homem rico e Lázaro em Lucas 16. Esta foi a primeira e única parábola onde Jesus mencionou o nome de um dos indivíduos no Seu relato, à medida que Ele contava suas histórias de vida real. Esta exposição detalhada da vida após a morte deixa pouca margem de dúvida, quanto à realidade do inferno e seu posterior efeito sobre o fervor da mensagem do evangelho.
Para além disso, nós sabemos das Escrituras, que Deus é um Deus de amor (1 João 4:8) e que Ele “não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”—2 Pedro 3:9 Nós também sabemos das Escrituras que foi pelo grande amor de Deus pela humanidade “que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”—João 3:16 Se existisse outro caminho para a humanidade ser salva, Jesus não teria de morrer como sacrifício pelos nossos pecados. (Veja Mateus 26:39)
Pela mesma razão, se o “inferno” fosse meramente um ícone simbólico da completa aniquilação, ou uma expressão figurativa da destruição da reputação de alguém que viva na infâmia, qual seria o propósito de Deus em enviar Seu Filho para pagar o preço eterno pela nossa redenção? Se todos os que morrem à parte da provisão do resgate irão apenas ser destruídos pela aniquilação em que deixarão de existir pela eternidade, porque Deus não iniciou uma nova criação e deixou que a atual continuasse seu percurso e terminasse na aniquilação? Afinal de contas, Deus não enviou o Seu Filho para morrer por qualquer outra parte da Sua criação. (Veja Hebreus 2:16-17) Se os humanos são como os animais que se tornam inconscientes após a morte e se dissolvem no pó, porque Deus enviaria Seu Filho para morrer por nossos pecados e carregar eternamente as marcas da nossa redenção em Seu corpo? (Veja João 20:25-28)
É verdade que alguém apenas pode especular a razão que levou Deus a exercer o Seu Supremo amor por pagar tal preço alto por nós. Contudo, quando alguém entende a existência de um inferno literal de banimento e uma vida eterna como prémio, isto atribui toda uma nova dimensão ao significado do sacrifício de Jesus como pagamento pelos nossos pecados, porque algo mais estava envolvido do que apenas o pagamento pelo pecado de Adão e seus efeitos subsequentes na natureza humana. O resgate pelo sacrifício de Jesus, pagou o preço eterno não apenas para redimir a humanidade da maldição da lei de Moisés e da natureza do pecado Adâmico, mas trouxe uma permanente absolvição para cada um de nós, pelos nossos pecados pessoais e para nos libertar de um eterno tormento no inferno.
3. Porque Deus criou o Inferno?
Inferno é o oposto de tudo o que é bom, reto, puro e santo. É por isso que o Inferno é descrito como um local de grande dor e sofrimento. As Escrituras explicam que nos novos céus e na nova terra, “habita justiça” (Veja 2 Pedro 3:13) e neles não haverá mais “morte”, “dor” e sofrimento. É por esta razão, que Deus criou o inferno como um lugar onde o mal poderá estar separado do bem pela eternidade.
Deus não criou o inferno com a intenção de ser usado pela humanidade. Jesus explicou que “o fogo eterno…preparado para o Diabo e seus anjos.” (Veja Mateus 25:41) Quando Satanás se rebelou contra Deus e arrastou um terço dos anjos de Deus com ele (Veja Revelação 12:4), Deus criou o Inferno de modo a providenciar um lugar onde o Diabo, seus anjos e tudo o que é iníquo pudesse permanecer eternamente separado de Deus e Sua bondade.
O pecado é como um cancro ou fermento (levedura) que infecta toda a substância onde estão localizados (Veja 1 Coríntios 5:6). Assim como o cancro tem de ser separado do corpo, de modo a evitar que se espalhe pelo resto do corpo, assim é também com o pecado. Deus é um Deus de pureza e santidade, e como resultado, nada impuro pode estar na Sua presença.
“Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” —Isaías 59:1-2
Visto que o pecado não pode existir diante da presença do bem sem o macular, Deus providenciou um lugar eterno onde cada criatura imortal que foi afetada pelo pecado e maldade e não foi lavada pelo sangue de Cristo, possa permanecer separada eternamente de Deus e de tudo o que é puro e santo.
4. Como pode um Deus amoroso mandar pessoas para o Inferno?
Esta questão é enganosa, porque implica que Deus “manda” pessoas para o Inferno. Como já falamos, Deus não envia pessoas para o Inferno. É o nosso pecado e maldade, que causa que sejamos condenados à luz do perfeito e justo padrão da lei de Deus, e leva-nos a ser contaminados de uma forma que não nos permitirá entrar na presença de Deus, onde a Sua glória habita.
“Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus…’ Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado… pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.”—Romanos 3:10-11, 19-20, 23
Temos de reconhecer que Deus, é tanto um Deus de retidão e verdadeira justiça, como Ele é um Deus de amor e misericórdia. Assim como o azeite não se mistura com a água, tampouco Deus pode fechar os olhos ao pecado e permitir que permaneça em Sua presença. É por esta razão que Deus no Seu amor e misericórdia providenciou os meios pelos quais a Sua justiça possa ser plenamente satisfeita.
Assim como o inferno representa tudo o que é mau e iníquo, também Deus representa tudo o que é justo, puro e santo. Por rejeitarem Deus e Sua provisão para purificação espiritual em Seu Filho, aqueles que irão terminar no Inferno, tomaram a decisão de rejeitar tudo o que é bom e justo. Assim, no dia do Julgamento, Deus apenas confirmará a decisão que eles já tomaram por permitir que habitem longe da Sua presença e virtude, em tormento eterno. Assim, o inferno (que engloba toda a dor, sofrimento e maldade) se torna a morada eterna daqueles que rejeitam a Deus.
MATEUS 25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.”
5. Se o Inferno é a punição pelos pecados cometidos enquanto mortais, porque é o Inferno eterno?
Temos estado a expor como o inferno é o oposto de tudo o que é bom, santo, puro e virtuoso. É o lugar que Deus designou para criaturas imortais impuras, habitarem numa eterna separação Dele e de Sua Santa presença. Visto que fomos criados com almas imortais que continuam a existir após a morte física (Veja Mateus 10:28), nosso destino eterno será passado, ou na presença de Deus ou no inferno eterno, longe da presença de Deus. Visto que a Santidade e Justiça de Deus não permitem a alguém receber o Seu amor e misericórdia aparte da aceitação pessoal do sacrifício propiciatório de Jesus Cristo pelo pecado, aqueles que rejeitam a limpeza espiritual oferecida em Cristo, têm como resultado, feito a decisão de habitar para sempre longe de Deus. É por esta razão que o inferno é descrito como um tormento que durará para sempre.
É comum, aqueles que lutam com o conceito de um inferno eterno, o fazerem porque lhes falta entender a consequência eterna do pecado. Nossas mentes limitadas não conseguem compreender o abismo que Deus teve que unir de forma a redimir a humanidade. O próprio Deus, que eternamente permanece fora do tempo, espaço e matéria criada, entrou na Sua criação por nascer como humano, na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo. Confinando a Si mesmo às limitações de Sua criação e experienciando todos os limites da fraqueza humana, Jesus morreu uma morte excruciante por todos os nossos pecados passados, presentes e futuros. Deste modo, em Seu corpo humano, Jesus para sempre carregará as marcas da nossa redenção. (Veja João 2:18-22; 20:25-27; Lucas 24:39-40) E assim como as cicatrizes da nossa redenção permanecem para a eternidade, assim também, a penalidade para todo aquele que rejeitar a dádiva de salvação da parte de Deus resulta no castigo eterno e na separação de Deus.
As Testemunhas de Jeová, que negam o conceito de um “inferno” literal, normalmente racionalizam as passagens Bíblicas sobre este assunto, por afirmarem que elas meramente simbolizam “destruição” e completa “aniquilação” da alma humana no julgamento. Contudo, na realidade, o conceito de “aniquilação” das Testemunhas de Jeová, resulta numa fuga ao julgamento, ao invés de uma recompensa justa pelos vários graus de pecado. Se a “aniquilação” da alma humana e o repúdio de uma pessoa após a morte é para ser equivalente ao julgamento justo, alguém poderá questionar como este tipo de julgamento será um “tormento” quando pessoas hoje em dia, frequentemente cometem suicídio nesta vida de forma a “escapar” à realidade..
Além disso, se a destruição era o julgamento permanente de Deus contra aqueles que O rejeitaram, como poderá este julgamento ser justo se é o tratamento dado a toda a gente de igual forma — independentemente do tipo de vida ele ou ela tenham vivido aqui na terra? Como poderia Deus ser justo, permitindo que alguém vivesse uma vida relativamente moral e tivesse o mesmo tipo de julgamento de “destruição” que uma pessoa como Adolf Hitler que matou mais de 6 milhões de Judeus, através do regime nazi que concebeu?
Como pode ser observado, tal raciocínio faz um desserviço ao carácter justo de Deus e falha no teste de padrões de equidade em julgamento. As Escrituras são claras, que não apenas o inferno é um local literal de tormento, mas que haverá graus de punição baseados nos graus de pecados cometidos nesta vida. Para terminar, nós perguntamos às Testemunhas de Jeová, se de facto, “aniquilação” é a “destruição” pelo “fogo eterno” falado nas Escrituras, por que as Escrituras falam de graus de punição? Não podem existir graus de aniquilação, podem?
LUCAS 10:12, 14: “Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma do que para aquela cidade… Contudo, no Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras.”
HEBREUS 10:26-27, 29, 31: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado… já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários… De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus… Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”
PARA MAIS INFORMAÇÃO VEJA:
ESPÍRITO – São A Alma E O Espírito Humano Imortais?
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1. A menos que seja referido todas as citações das Escrituras são da Bíblia Almeida Revista e Atualizada. Embora Mateus 10:28 declare que a “alma” pode ser “destruída”, a palavra grega apollymi (ἀπόλλυμι) traduzida “destruída” não significa aniquilação, mas antes “perecer” no sentido de “ruína, perda, não do ser, mas do bem-estar”—Vines Complete Expository Dictionary of Biblical Words, 1977, pág. 164
2. Para informação do porquê da maioria das Bíblias verterem a palavra grega kolasis em Mateus 25:46 como “punição,” em vez da tradução “decepamento” da TNM, veja o seguinte artigo: Diálogo 5a: É o Inferno real e a Alma Humana Imortal?