.:SERÁ QUE A TORRE DE VIGIA DISSE MESMO QUE O FIM VIRIA EM 1975?
“Tenho vindo a estudar com as Testemunhas de Jeová há um ano e estou a pensar em ser batizada, mas eu queria fazer alguma pesquisa sobre a história da organização antes de tomar a minha decisão. Recentemente, deparei-me com declarações na internet que afirmam que as Testemunhas de Jeová ensinaram que o mundo iria acabar em 1975, assim, eu perguntei à minha instrutora acerca disso. Ela prontamente negou que a Torre de Vigia alguma vez tivesse ensinado que em 1975 seria o fim do mundo. Ela disse que algumas Testemunhas de Jeová individuais pensaram que o fim aconteceria em 1975, mas ela disse que a Sociedade Torre de Vigia nunca forneceu oficialmente essa data para o fim do mundo. Estou confusa! Se a Sociedade Torre de Vigia nunca forneceu a data de 1975 para o fim do mundo, porque a Anne Marie disse no seu site que eles fizeram isso na sua publicação de 1966, Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus? Existe alguma forma de eu poder obter a documentação de que a Anne Marie fala na sua história?”
RESPOSTA DA ANNE MARIE:
Querida amiga,
Muitas Testemunhas de Jeová hoje negam que a falsa profecia de 1975 alguma vez tenha acontecido. Elas fazem isso porque é isso que os seus líderes lhes dizem. Se a sua instrutora não estava na organização no momento em se acreditava nesta profecia, não há nenhuma maneira de ela saber o que aconteceu, 1. ou o quanto foram “arrastadas” as Testemunhas de Jeová na crença da previsão de 1975 naqueles dias. Mas eu sei o que aconteceu, porque eu experienciei isso em primeira mão.
Eu estava no Congresso de Distrito das Testemunhas de Jeová “Filhos da Liberdade de Deus”, no verão de 1966, quando houve um poderoso discurso sobre “o tempo do fim”. Eu me lembro bem do sábado em que eles lançaram o seu livro, Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus. Havia uma grande excitação entre os congressistas Testemunhas de Jeová. O lançamento deste livro foi um crescendo sensacional para um discurso agitador proferido pouco antes do seu lançamento que praticamente afirmou que estávamos “à porta do Novo Mundo”.
Esse discurso admitiu as muitas profecias que a Sociedade tinha dado no passado a respeito da vinda da batalha de Deus no Armagedom que as Testemunhas de Jeová acreditam que vai acabar com os governos do mundo e inaugurar os 1.000 anos do governo do Reino de Deus por meio de Jesus Cristo. O orador fez questão de explicar que a razão pela qual todas as suas datas passadas falharam foi porque não tinham sido devidamente baseadas na cronologia bíblica.
O orador falou com autoridade que não havia dúvida de que o Armagedom estava agora certo de vir “o mais tardar no Outono de 1975”; que, embora a Torre de Vigia tivesse errado no passado, “desta vez, acertou!” O irmão foi enfático acerca disso! Ele explicou que este novo livro mostrava claramente que as novas reivindicações da Sociedade Torre de Vigia foram verificadas pela cronologia bíblica através do gráfico de cinco páginas disposto no primeiro capítulo do livro.
Quando o altifalante anunciou isto, a atmosfera nas bancadas era absolutamente elétrica; todos estavam tão animados! No intervalo, os irmãos e irmãs Testemunhas de Jeová amontoaram-se como sardinhas em frente dos balcões de distribuição na sua ânsia de comprar os seus exemplares do livro e assim que o obtiveram, eles apressadamente formaram pequenos grupos em antecipação animada do que o gráfico cronológico mostraria.
O gráfico foi importante porque metodicamente delineava seis mil anos de história humana, começando com a criação de Adão, em 4026 AC. O gráfico afirmava claramente que o fim deste período de existência da humanidade de seis mil anos iria ser concluído no outono de 1975 como a seguinte citação do livro ilustra:
“De acordo com cronologia bíblica confiável os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975, e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono de 1975 E.C.” — Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus, 1966, pág. 29 (Edição em inglês) (PDF)
Porque foi a realização de 6.000 anos de história humana significativa para as Testemunhas de Jeová?
A Torre de Vigia ensina que cada dia da semana criativo foi de sete mil anos de duração. Visto que a Bíblia deixa claro que houve um começo e um fim para cada um dos dias criativos, exceto o sétimo dia, dia de descanso de Deus e, como em nenhum lugar na Bíblia se diz que este dia de descanso já terminou, a Sociedade Torre de Vigia concluiu que a humanidade foi-se aproximando do final dos 6.000 anos de existência do homem. A Torre de Vigia determinou que no final deste período de tempo se iria dar a batalha do Armagedom. Eles pensaram que seria apropriado que neste últimos 1.000 anos do sexto dia da criação da história humana fosse começar o reinado de Cristo. Então, a cronologia bíblica da Torre de Vigia concluiu que o Armagedom tinha que vir o mais tardar no final dos 6.000 anos da história da humanidade.
Uma vez que Deus completou a criação do homem no sexto dia, e no sétimo dia Ele “descansou de toda a sua obra que tinha feito…” (Gênesis 2:2-3), a Torre de Vigia pensou que Jeová provavelmente iria executar a sua “vingança sobre os ímpios” (i.e., a batalha do Armagedom) o mais tardar no outono de 1975. De acordo com esse entendimento, o livro explica:
“Quão apropriado seria para Jeová Deus fazer desta vinda no sétimo período de mil anos um período sabático de descanso e libertação, um grande sábado Jubileu para a proclamação da liberdade por toda a terra a todos os seus habitantes! …, Lembre-se, a humanidade ainda tem à sua frente aquilo que o último livro da Bíblia Sagrada chama de o reinado de Jesus Cristo sobre a terra por mil anos, o reino milenar de Cristo. Profeticamente Jesus Cristo… disse sobre si mesmo: “Pois o Senhor do sábado é o que o Filho do homem é.” (Mateus 12:8) Não seria por mero acaso ou acidente … que o reinado de Jesus Cristo, o “Senhor do sábado, “decorresse em paralelo com o sétimo milênio da existência do homem.” — Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus, 1966, pág. 30 (Edição em inglês) (PDF)
Qualquer um que tenha duvidado desta “verdade” foi considerado “fraco”, ou “infiel”, alguém que não queria “servir ombro a ombro” com os irmãos e irmãs na organização, ou pior ainda, um “apóstata”. As Testemunhas de Jeová mais antigas (aqueles que tinham estado “na verdade” durante os anos de outras “profecias do Armagedom” da Sociedade Torre de Vigia) agarraram nesta previsão de 1975 na esperança de que, finalmente, as promessas de Jeová Deus estavam para ser cumpridas.
Artigo após artigo surgiu da Sociedade Torre de Vigia, o que criou expectativa entre as Testemunhas de Jeová em relação à data de 1975. Entre eles houve esta declaração dogmática encontrada na Sentinela de 1970 (em português), num artigo intitulado “A Paz de Mil Anos que se Avizinha” (The Approaching Peace of a Thousand Years):
“…os seis milênios da vida da humanidade na terra terminariam nos meados da década de mil novecentos e setenta. Portanto, o sétimo milênio a partir da criação do homem por Jeová Deus começaria em menos de dez anos….A fim de que o Senhor Jesus Cristo seja ‘Senhor até do sábado’, seu reinado de mil anos terá de ser o sétimo de uma série de períodos de mil anos ou milênios….A fim de que o Senhor Jesus Cristo seja ‘Senhor até do sábado’, seu reinado de mil anos terá de ser o sétimo de uma série de períodos de mil anos ou milênios.Não seria, então, o término dos seis milênios da escravização laboriosa da humanidade, sob Satanás, o Diabo, o tempo apropriado para Jeová Deus introduzir um milênio sabático para todas as suas criaturas humanas? Deveras, seria! E seu Rei Jesus Cristo será o Senhor daquele sábado.” — A Sentinela, 15 de Abril, 1970, pág. 239 (PDF em inglês)
À medida que as expectativas continuaram a aumentar sobre a data de 1975, a Sociedade Torre de Vigia publicou um artigo intitulado “Por Que Está Aguardando 1975?” (Why Are You Looking Forward to 1975?)
Embora este artigo continuasse a afirmar que o Armagedom estava mesmo ao virar da esquina, foi mais cauteloso nas suas declarações concernente à data de 1975. Explicou que a cronologia da Sociedade Torre de Vigia “é razoavelmente exata”, mas “admitidamente não infalível”. Eles então sugeriram que os seus cálculos pudessem estar errados por uma questão de “semanas, meses ou anos”.
“O que há com toda esta conversa sobre o ano de 1975? …Seu interesse foi suscitado pela crença de que 1975 marcará o fim de 6.000 anos da história humana desde a criação de Adão… Devemos presumir, à base deste estudo, que a batalha do Armagedom já terá acabado até o outono de 1975 e que o reinado milenar de Cristo, há muito aguardado, começará então? Possivelmente, mas, nós esperamos para ver quão de perto, o sétimo período de mil anos de existência do homem coincide com o reinado milenar de Cristo, que é como um sábado Se estes dois períodos decorrerem paralelamente quanto ao ano calendar, não será por mero acaso ou acidente, mas será segundo os propósitos amorosos e oportunos de Jeová. Nossa cronologia, porém, que é razoavelmente exata, (mas, admitidamente não infalível), no melhor dos casos apenas aponta para o outono de 1975 como o fim de 6.000 anos da existência do homem na terra. Isto não necessariamente significa que 1975 assinala o fim dos primeiros 6.000 anos do sétimo “dia” criativo de Jeová. Por que não? Porque, depois de sua criação, Adão viveu algum tempo durante o “sexto dia”, quantidade desconhecida de tempo que teria de ser descontada dos 930 anos de Adão, para se determinar quando terminou o sexto período ou “dia” de sete mil anos e quanto tempo Adão viveu no “sétimo dia”. Não obstante, o fim deste sexto “dia” criativo pode ter terminado no mesmo ano do calendário gregoriano em que Adão foi criado. A diferença talvez envolva apenas semanas, ou meses, não anos.” — A Sentinela, 15 de Fevereiro, 1969, pág. 115 (PDF em inglês)
Apesar das declarações cautelosas feitas pelas Sociedade Torre de Vigia no seu artigo, a sua declaração concludente de que um possível erro no cálculo apenas equivaleria a uma “diferença” de “semanas, ou meses, não anos” apenas confirmou as expectativas ansiosas das Testemunhas de Jeová. Discursos da tribuna em Salões do Reino e especialmente nas Assembleias das Testemunhas de Jeová, foram continuadamente enfáticos acerca da urgência de se “estar pronto” para o Armagedom e “manter a vigilância”.
À medida que os anos seguintes avançavam, a urgência de se fazer ainda mais “trabalho de pregação” do Reino foi continuamente enfatizada pela organização Torre de Vigia. Era-nos dito que a salvação da humanidade era “nossa responsabilidade”, e que isto não podia ser encarado de ânimo leve! A pressão era de aumentar por “fazer mais!”, de modo a provar a nossa lealdade e fidelidade.
À medida que o ano de 1975 se aproximava, muitas Testemunhas de Jeová começaram a despedir-se dos seus empregos (e a desistir das suas pensões), de modo a poderem devotar mais tempo ao ministério de casa em casa. Muitos venderam seus lares e negócios, levantarem as suas apólices de seguro de vida, rejeitarem educação universitária para si mesmos e seus filhos, e até mesmo cancelaram tratamentos médicos não-urgentes e dentários na expecativa “do fim”. Todas estas acções foram elogiadas pela Sociedade Torre de Vigia e louvadas pela organização perante as Testemunhas como “bons exemplos” do que “fiéis” Testemunhas de Jeová deveriam ser.
“Muitas escolas possuem agora conselheiros de estudantes, que os incentivam a se empenharem por instrução superior após a escola secundária, a se empenharem por uma carreira com um futuro neste sistema de coisas. Não se deixe influenciar por eles. Não se submeta a eles para uma “lavagem cerebral” com a propaganda do Diabo, de progredir… Sobra pouco tempo a este mundo!… Tome por alvo o serviço de pioneiro, o ministério de tempo integral, com a possibilidade de servir em Betel ou como missionário.” — A Sentinela, 15 de Setembro, 1969, pág. 555
“Deste modo, como pessoa jovem, você nunca completará nenhuma carreira que este sistema oferece. Se você está no secundário e pensando acerca de educação universitária, isso significa pelo menos quatro, talvez seis ou oito anos mais para se graduar numa carreira especializada. Mas onde estará este sistema de coisas por essa altura? Estará certamente no caminho para o seu fim, se realmente não tiver já sido!” — Despertai!, 22 de Maio, 1969, pág. 15 (edição em inglês)
“Sim, o fim deste sistema está muitíssimo próximo! Não é isto motivo para aumentarmos nossa atividade?… Receberam-se notícias a respeito de irmãos que venderam sua casa e propriedade e que planejam passar o resto dos seus dias neste velho sistema de coisas empenhados no serviço de pioneiro. Este é certamente um modo excelente de passar o pouco tempo que resta antes de findar o mundo iníquo.” — Ministério do Reino, Julho de 1974, pág. 3-4 (PDF em inglês)
A crença de 1975 estava tão enraízada no nosso pensamento; era continuadamente referida e falada, mas tanto, que era praticamente parte de nossa conversa diária. Nós estávamos excitados, mas contudo, estávamos apreensivos. Embora ninguém admitisse, nós estávamos assustados! Você não consegue imaginar quantas vezes um discurso da tribuna começava com: “Bem, irmãos! Faltam apenas… meses até 1975!” Então, quando o tempo se aproximou, tornou-se: “Bem, irmãos!… semanas até 1975!” E quando 1975 realmente veio, você não pode imaginar o burburinho de excitação que havia em redor!
Por volta de 1976, tornou-se óbvio a todos que a “profecia do Armegedom” da Sociedade Torre de Vigia tinha novamente falhado em acontecer. Muitos começaram a “murmurar” e a “queixar-se” ao ponto da Sociedade Torre de Vigia ser forçada a escrever sobre o assunto. Quando eles finalmente o fizeram, nós ficamos abalados e chocados com o que eles disseram. As Testemunhas de Jeová comuns foram praticamente repreendidas! Nós fomos acusados de ser os culpados de o Armagedom não ter vindo! Eu lembro-me do Presidente da Torre de Vigia, Fred Franz, gritando para a audiência de Testemunhas de Jeová dizendo: “Vocês sabem porque o Armagedom não veio? Porque vocês QUERIAM QUE VIESSE!”
Assim, em discursos e na literatura, a Sociedade Torre de Vigia começou a colocar a culpa pela sua falsa predição nas comuns Testemunhas de Jeová, por dizer que lemos mais sobre a data de 1975 do que a Sociedade tinha declarado, e que essa era a razão de estarmos desapontados. Eles continuaram dizendo que aqueles que tinham construído as suas vidas em torno do cumprimento antecipado de uma “data específica” não tinham seguido o conselho de Jesus:
“…alguns daqueles que têm servido a Deus planejaram sua vida de acordo com um conceito errôneo do que é que deveria acontecer em determinada data ou em certo ano. Por este motivo, eles talvez tenham adiado ou negligenciado coisas de que, de outro modo, teriam cuidado. Mas, eles desperceberam o ponto das advertências bíblicas a respeito do fim deste sistema de coisas, pensando que a cronologia bíblica revelasse uma data específica… Queria Jesus dizer que devemos ajustar nossos assuntos financeiros e seculares de modo que nossos recursos apenas nos levem até certa data, de que talvez achemos que assinala o fim?… Este não é o modo de pensar que Jesus aconselhou.”— A Sentinela, 15 de Janeiro, 1977, pág. 11, 13 (PDF em inglês)
O quê? Não foi a Sociedade Torre de Vigia que elogiou os irmãos e irmãs que haviam vendido suas casas e negócios, de modo a dedicar mais tempo no trabalho de pregação da Torre de Vigia? Não foi a Sociedade que disse: “Este é certamente um modo excelente de passar o pouco tempo que resta antes de findar o mundo iníquo!” (Ministério do Reino, Julho de 1974, pág. 3-4 (PDF em inglês) E agora eles estavam nos dizendo que o nosso “desapontamento” era culpa nossa por não acatar as palavras de Jesus?!!
Esta forma de revisionismo histórico foi gradualmente “lançado” às massas, de modo que aquilo que antes haviam martelado em nossas cabeças acerca de 1975, foi de algum modo virado ao contrário, e eles foram bem sucedidos em convencer as restantes Testemunhas de Jeová que a crença de que o Armagedom viria em 1975, tinha realmente sido nossa ideia em primeiro lugar — que nunca nos tinha sido ensinada pela Sociedade Torre de Vigia. Eu ouvi histórias de pioneiros que fielmente tinham gasto milhares de horas na pregação da Torre de Vigia, lançando fora seus sacos de livros da Torre de Vigia, dizendo: “Acabou!” abandonando a Organização Torre de Vigia. 2.
Quando tantos saíram e disseram que já não acreditavam em nada que a Sociedade ensinava, a organização Torre de Vigia virou-se e usou o seu exemplo de abandono como desculpa para mostrar porque o Armagedom não tinha vindo. Eles disseram que a predição tinha sido uma espécie de “teste de lealdade” e que Jeová tinha estado a “limpar a casa”, de modo a livrar-se daqueles que Ele sabia não serem “verdadeiramente” Seu povo, embora tenham “parecido bons” para o resto de nós. Este complô resultou bem em manter o resto de nós dentro! Até mesmo resultou comigo! Isso fez de nós ainda mais diligentes em “provar a nossa lealdade” a Jeová.
“Mas alguns de seus cálculos de tempo e as expectativas que ligavam a estes causaram sérios desapontamentos… De novo, em 1975, houve desapontamento quando as expectativas sobre o início do Milênio não se concretizaram. Em resultado, alguns se afastaram da organização…Embora esses testes resultassem numa peneiração… outros permaneceram firmes. Por quê?… “Os que haviam depositado a sua confiança em Jeová permaneceram firmes e continuaram a sua atividade de pregação.” — Testemunhas de Jeová — Proclamadores do Reino de Deus, Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1992, pág. 633 (PDF em inglês)
Assim como aconteceu com muitas das falsas predições e mudanças doutrinais da Torre de Vigia de que a maioria das Testemunhas de Jeová não tem qualquer conhecimento, a verdade do que realmente aconteceu foi distorcido de modo a significar algo diferente e a história da Torre de Vigia tem sido reescrita. Aqueles que sabem a verdade real e sairam, foram efetivamente silenciados por serem “marcados” como “iníquos, maus, apóstatas” pelas autoridades da Torre de Vigia, de modo que aqueles que são demasiado novos para saber são mantidos apartados da verdade.
“Porém o profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto.Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou?Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.” — Deuteronômio 18:20-22
PARA MAIS INFORMAÇÕES VEJA:
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A FALSA PROFECIA —20 perguntas para as Testemunhas de Jeová sobre as falsas profecias da Sociedade Torre de Vigia
10 PERGUNTAS PARA AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ SOBRE A HISTÓRIA DA TORRE DE VIGIA
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1. Muitas Testemunhas de Jeová entraram na organização após o auge da campanha publicitária do ensino de 1975; e alguns depois saíram.
2. Saindo fora deste revisionismo histórico, a Sociedade Torre de Vigia foi eventualmente pressionada a imprimir uma desculpa na qual eles reconheceram uma culpa parcial pelo falhanço da sua profecia de 1975. Num artigo da Sentinela de 1980, a Sociedade declarou: “Quando foi publicado o livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus e seus comentários sobre quão apropriado seria se o reinado milenar de Cristo fosse paralelo ao sétimo milênio da existência do homem, criou-se muita expectativa sobre o ano de 1975. Fizeram-se naquele tempo, e depois, declarações que enfatizavam que se tratava apenas de uma possibilidade. Infelizmente, porém, ao lado de tal informação acauteladora, publicaram-se outras declarações que davam a entender que tal cumprimento da esperança até aquele ano era mais uma probabilidade do que mera possibilidade. Lamenta-se que estas últimas declarações, pelo visto, tenham ofuscado as acauteladoras e tenham contribuído para o aumento duma expectativa já criada. A Sentinela, no seu número de 15 de janeiro de 1977, comentou que não era aconselhável fixarmos a vista em determinada data, dizendo: “Caso alguém tenha ficado desapontado, por não seguir este raciocínio, deve agora concentrar-se em reajustar seu ponto de vista, por não ter sido a palavra de Deus que falhou ou o enganou e lhe causou desapontamento, mas, sim, seu próprio entendimento baseado em premissas erradas.” Ao dizer “alguém”, A Sentinela incluiu todos os desapontados entre as Testemunhas de Jeová, portanto, inclusive os que tinham que ver com a publicação da informação que contribuiu para criar as esperanças que giravam em torno daquela data.” — A Sentinela, 15 de Julho, 1980, págs. 17-18 (ênfase no original) (PDF em inglês)